sábado, 23 de novembro de 2013

"O Eterno Retorno do Barroco" no NAC, da UFRN

                                   Pesquisador estuda há 30 anos o Barroco



                     O que Chacrinha, Carmen Miranda e Luiz Gonzaga têm em comum? Com suas ornamentações e um certo exagero no momento de comunicar, todos esses personagens que fizeram parte da cultura popular brasileira são barrocos. É o que afirma o professor do Departamento de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Francisco Ivan da Silva.

                    O barroco teve seu berço na Itália, durante o século XVII, e logo se espalhou por outros países da Europa. No Brasil, foi diretamente influenciado por artistas portugueses, adquirindo características próprias.

                    Para Francisco Ivan, o barroco pode ser considerado um precursor do modernismo surgido no século XX. Ele acredita que a proposta moderna recicla ideologicamente o estilo como um fator de identidade cultural. "Nessa época, os modernistas são os primeiros a descobrirem Ouro Preto e retomar essa arte como identificação da sociedade", coloca.

                  "Os artistas atuais se apropriam do barroco e criam em cima dele uma nova produção sem deixar morrer toda a herança desse estilo. Isso é reciclagem", diz. Apaixonado por essa arte, Francisco Ivan ressalta que a vê em tudo. "Ela está na minha vida. Se estou triste e depois feliz, se sorrio ou choro", declara.

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